HISTÓRICO
Nos últimos 25 anos e particularmente nestes últimos 10 anos houve uma verdadeira revolução na Medicina Reprodutiva.
Os primeiros dados de tratamento de infertilidade conjugal datam de 1870, quando John Hunter descreveu a Inseminação Artificial para tratar um casal cujo marido era portador de hipospádia (abertura da uretra na parte de baixo do pênis e não da glande (cabeça do pênis)).
Desde o nascimento da inglesa Louise Brown através de FIV, muitos bebês nasceram e continuam a nascer e crescer de forma saudável, como ela, que hoje tem 28 anos de idade, vive em Londres, com saúde, é enfermeira e se tornou mãe recentemente.
A ICSI (Injeção de um único espermatozóide dentro do óvulo) tem sido utilizada em todo mundo com sucesso para tratar a infertilidade masculina. A ICSI é, portanto, mais recomendada para os casais nos quais o homem tem má qualidade ou pouca quantidade de espermatozóides.
Com ICSI atualmente, consegue-se fertilização e transferência embrionária (junção do espermatozóide do homem com o óvulo da mulher, e colocação do embrião formado dentro do útero) em 90% dos casos, com taxas de gravidez de 35%.
Através da ICSI, há cerca de 30 mil crianças nascidas no mundo. Apesar de ser uma técnica onde os gametas são muito manipulados, a chance de uma gravidez complicada ou de malformações congênitas nos bebês é exatamente igual a qualquer outra gravidez obtida por outro meio, ou seja, uma vez grávida, esta gravidez será igual a qualquer outra.
Assim como as técnicas, também os medicamentos utilizados em Reprodução Assistida foram melhorando e modernizando-se, mas sem dúvida, os grandes impulsionadores dos crescentes índices de gravidez foram e continuam sendo as gonadotrofinas.
As gonadotrofinas são medicamentos administrados em uma etapa da fertilização in vitro (FIV), onde se promove a estimulação dos ovários.
Em uma ovulação normal, não estimulada, o ovário amadurecerá somente um folículo, e dentro deste folículo somente um óvulo será expulso do ovário. As gonadotrofinas estimulam os ovários para que estes desenvolvam e amadureçam um número maior de folículos e consequentemente mais óvulos serão produzidos, aumentando-se a chance de gravidez do casal.